A frase -Porque Deus quis.- já não me fazia sentido desde pequena. Eu sempre busquei por respostas que esclarecessem mais e fizessem um pouco mais de sentido. Digo um pouco mais porque penso que talvez estejamos ainda limitados para enxergar todo o imenso motivo das coisas.

Essa história de que Deus quis que fosse dessa forma sempre pareceu-me uma forma de não querer enxergar, pois eu via muito mais todos nós enquanto pessoas fazendo escolhas, tomando decisões e depois quando os resultados não eram tão satisfatórios, vinha a fala de que Deus quem quis assim.

Sempre pareceu-me injusto demais que Deus quisesse uns afortunados e outros miseráveis, uns com tanto e outros com tão pouco. Alguns com tranquilidade e outros com desavenças. O contraditório a tudo isso é que, há alguns anos atrás, tomei conhecimento de certos sentimentos dentro de mim que me conduziam a pensamentos totalmente contrários a toda essa história de que somos pobres miseráveis e pecadores, que hora merecem castigo, hora merecem gratificações. Comecei a perceber um sentimento forte de que somos puro amor, de que nossa essência é e sempre foi divina, pois somos parte de Deus. Sendo então, parte do Todo, não há como sermos diferentes dele, mas sim, iguais em essência. Temos o poder de criar nossas vidas, de fazer escolhas melhores ou piores, que determinarão os resultados que teremos, ou seja, a vida que teremos. Esse poder é divino, e cabe a nós escolhermos qual será a nossa vida, qual será os nossos resultados a partir da escolha que fazemos no momento do agora.

Perceber que o amor reside em nós e que tudo o que buscamos sempre esteve conosco é algo que precisa ser relembrado por cada um de nós. Deixo para vocês um trecho do livro Projeção Astral, O Despertar da Consciência que me disse muito sobre tudo aquilo que eu sentia. Reconhecer o que já somos. Reconhecer, lembrar e colocar em prática tudo aquilo que já sabemos. Essa é a ideia.

“A teoria do Big Bang sugere que o Universo, desde a sua origem, vem se expandindo de um único ponto, criando assim o espaço. Alguns cientistas chamam esse ponto de “átomo primordial”, que se expandiu através do tempo. Podemos dizer, portanto, que o próprio tempo e o espaço tiveram uma origem. Fica inevitável a idéia de que existe algo que não pertence ao espaço e ao tempo, algo anterior, algo que sempre existiu e que nunca foi criado, algo absoluto, imutável e que, portanto seja a fonte de origem de tudo que conhecemos. Se não existia o espaço e o tempo, apenas esse algo absoluto, a fonte criadora, a possibilidade de qualquer expansão só é dada em si mesmo. Se a fonte criadora se expandiu em si mesmo, o fruto de sua expansão está contido em si mesmo, ou seja, não há diferenciação entre a fonte e sua expansão. A expansão é a própria fonte, não existindo nenhum grau de separação. Einstein provou através de sua teoria da relatividade que o espaço e o tempo são relativos. O espaço e o tempo são relativos a um ponto de referência. Partindo do principio que a fonte criadora é a única coisa que há, qualquer relativismo em relação a ela se torna meramente uma idéia absurda e, portanto, sem efeito. Evoluir é tornar-se algo diferente do que se é. Acreditar, portanto, em evolução é acreditar que o imutável, o absoluto, precisa de melhoria, o que torna essa idéia também absurda. Por isso não existe processo evolutivo. O que existe, de fato, é um processo de despertar. Evoluir é negar o que se é e projetar inutilmente em um ponto distante e futuro, portanto relativo, o que se deseja ser. Enquanto que o despertar é apenas o simples reconhecimento do que já se é.”

Ricardo Todeschini – Livro Projeção Astral, O Despertar da Consciência de Liliane Moura Martins


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